segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A importância de perder peso



Vou ao supermercado e constato o crescimento do setor de dietéticos. Abro revistas e me deparo com as exigências de se ter um cor
po esbelto. As clínicas de cirurgia plástica estão com a agenda lotada de homens
e mulheres esperando sua vez para lipoaspirar, cortar, reduzir. A sociedade toda conspira a favor da magreza, e de certo modo isso é positivo, ser magro faz bem para a auto-estima e para a saúde. Mas não tenho visto ninguém estimular outro tipo de dieta igualmente necessária para o bem-estar da população. Encontro suco light, chocolate light, iogurte light, mas pessoas light são raridade. Muita gente se preocupa em ser magro, mas não se preocupa em ser leve.
Tem criatura aí pesando 48 quilos e que é um chumbo. São aqueles que vivem se queixando. Possuem complexo de perseguição, acham que o planeta inteiro está contra eles. Não se dão conta da sua arrogância, possuem certeza de que são a razão da existência do universo. Estão sempre dispostos a fazer uma piadinha maldosa, uma fofoquinha desabonadora sobre alguém. Ressentidos, puxam o tapete dos outros para se manter em pé. Não conseguem ver graça em nada, não relevam as chatices comuns do dia-a-dia, levam tudo demasiadamente a sério. São patrulhadores, censores, carregam as dores do mundo nas costas. Magrinhos, é verdade. Mas que gente pesada.
Ser minimalista todo mundo acha moderno, mas ser leve – cruzes! – parece pecado mortal. Os leves, segundo os pesados, não têm substância, não têm profundidade, não têm consistência intelectual: não são leves e, sim, levianos. Os pesados não conseguem fechar o zíper das suas roupas de tanto preconceito saltando pra fora. Não bastasse a carga tributária, a violência, a burocracia e a corrupção, ainda temos que enfrentar pessoas rudes, sem a menor vocação para se divertir. Diversão – segundo os pesados, mais uma vez – é algo alienante e sem serventia. Eles não entendem como alguém pode extrair prazer de coisas sérias como o trabalho e a família. Não entendem como é que tem gente que consegue viver sem armar barracos e criar problemas. Eu proponho uma campanha de saúde pública: vamos ser mais bem-humorados, mais desarmados. Podemos ser cidadãos sérios e respeitáveis e, ao mesmo tempo, leves. Basta agir com mais delicadeza, soltura, autenticidade, sem obediência cega  as convenções, aos padrões, aos patrões. Um pouco mais de jogo de cintura, de criatividade, de respeito as escolhas alheias. Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias. Dores de amor, falta de grana e angústias existenciais são contingências da vida, mas você não precisa soterrar os outros com seus lamentos e más vibrações. Sustente seu próprio fardo e esforce-se para aliviá-lo. Emagreça onde tem que emagrecer: no espírito, no humor. E coma de tudo, se isso ajudar.

Martha Medeiros

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Para evoluir temos que ousar




Passamos uma vida presos, qual pássaros em suas gaiolas! Medo de amar, de olhar a vida de frente... E naquele pequeno espaço, cantamos nossas dores e sonhos! Muitas vezes, as portas de nossas gaiolas se abrem... Mas permanecemos ali, acostumados, encolhidos as nossas vontades e sonhos! Não tenha dúvida amigo, à primeira oportunidade, deve alçar o voo dos falcões, calma, confiante, determinada! Ame sem medo, brinque um pouco com a vida! Não tenha medo dos rochedos e sobre eles, estenda a sua asa corajosa de falcões! Solte-se ao vento, e deixem-no, levá-la ao sonho! Como o Condor e a Águia, tente enxergar as pequeninas coisas a sua volta e saber apreciá-las, dando um sentido novo a sua vida! Não seja passarinho de gaiola, mas, Águias e Condores do céu! A cada dia existe uma renovação constante, e nunca um será como o outro... Não há dores eternas, lágrimas eternas, perdas eternas! Há sorrisos, esperando-lhe, dias de sol, o abraço dos amigos, dos filhos e tantos sonhos lindos! Um amor lhe espera, para com você, voar, voar... Porque a vida é um recomeçar diário de um voo! E gaiolas não foram feitas para pássaros... Tão pouco para Águias e Condores! 

By: Maori Desmond Mojave